Vida E Morte: De Onde Viemos E Para Onde Vamos?

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Vida E Morte: De Onde Viemos E Para Onde Vamos?

Inseridos em tópicos de discussão que impregnavam seu tempo, a Polêmica do Novo Mundo e Ilustração Católica europeia, Clavijero e Venegas estavam envolvidos numa tentativa de oposição à campanha anti-jesuítica que, irradiada da Europa, transformava o mundo colonial na América. Tanto os árcades, ao reagirem contra uma visão negativa acerca da América por parte dos ilustrados europeus, quanto os jesuítas  são capazes – cada um a seu modo, claro – de contribuírem, segundo a análise da autora, para a constituição de uma incipiente consciência patriótica nas colônias d’além-mar. 9 No que respeita a conclusões convergentes com as minhas existe uma coincidência fundamental, concluímos ambos não ter existido uma guerra religiosa no processo de laicização e o autor considera que esse processo não constituiu uma perseguição, mas apenas um combate, com a «violência de forças opostas». Oscar Beozzo, no texto escrito para a coleção História Geral da Civilização Brasileira, afirmou a existência dessa relação triangular, defendendo que, dependendo do momento histórico, foram feitas inversões na posição central de cada instituição nesse “triângulo”. Para Beozzo, entre 1890 e 1945, podem ser identificados três modelos de relação entre a Santa Sé, a Igreja local e o Estado Brasileiro.


Compreender a linguagem simbólica das religiões é de suma importância para que possamos oferecer um melhor  cuidado aos nossos pacientes, principalmente os pacientes que estão hospitalizados e/ou em final de vida. O processo de luto não deve ser apressado e varia de pessoa para pessoa com relação à intensidade e duração. Os enlutados que vivenciam um luto muito doloroso apresentam mais dificuldade para lidar com objetos diretamente relacionados com o falecido.

Homem É Preso Após Atropelar E Matar Jovem Após Discussão Em Mairiporã


O objetivo era garantir ao Papa, a autoridade máxima da Igreja Católica, a legitimidade para mediar conflitos entre os Estados e dentro dos Estados. Para isso, era preciso garantir uma eficaz “união de vistas” e de conduta das Igrejas Católicas locais com a Sé Romana, de maneira a fortalecer o caráter centralizado da instituição, como condição essencial para a consecução do seu objetivo final. Por tudo isto, nota-se que as injunções de curta duração na política tinham pouca importância para a Santa Sé, pois, os Estados e a própria Santa Sé sempre adotaram posicionamentos diferentes em relação ao tempo histórico141. Para os governos laicos, o tempo está condicionado à duração dos mandatos políticos, enquanto a Igreja fala do alto de quem viu milhares de governos ruírem ao longo da sua história.

  • Nesse intento, houve reação do governo, aprovando a chamada “Lei Celerada”, que restringia as atividades do movimento operário e permitia ao governo intervir nos sindicatos trabalhistas, além de acatar a ilegalidade do PCB.
  • Ainda assim, avanços foram conquistados pela Igreja por meio de concordatas com a Europa, posto que havia comprometimentos em face da segunda grande guerra, tendo a igreja por assinar uma concordata para garantir os interesses da Igreja Católica135.
  • Decerto, a desconfiança da Santa Sé com relação à instabilidade política brasileira era uma certeza por parte da hierarquia eclesiástica local e da Secretaria de Estado, pois que a única força suficientemente sólida para “pacificar” a República brasileira era a Igreja Católica.
  • Esta foi uma solução de compromisso aceite pelos moderados de ambas as partes e contrariada pelos seus extremistas, demonstrando que a Lei da Separação portuguesa não era uma cópia da lei francesa de 1905, mas sim uma lei original.


Concentrada em Portugal e na Espanha, a Inquisição moderna foi uma resposta à expansão das doutrinas protestantes. O poder do catolicismo esteve intrinsecamente ligado às estruturas do feudalismo, o sistema social predominante na Europa durante a Idade Média. Ao afirmar que tudo o que acontece na Terra é a representação da vontade divina, a própria divisão social do sistema era justificada como desejo de Deus. Segundo o conceito defendido pela Igreja, Deus determinou que existissem os que rezam, os que lutam e os que trabalham.

Biografia Do Autor



O intuito é entender - a partir da distinção entre Igreja Católica e catolicismo - as confluências dos modos de ser católico num cenário de diversificação do cristianismo e do próprio catolicismo. O  evangelho do dia 13  diferenças sensíveis do catolicismo romano ortodoxo. Carlos Duarte da Costa, toma a frente dos movimentos por uma igreja católica nacional e cria a Igreja Católica Apostólica Brasileira, que assume uma doutrina mais aberta em  relação a doutrina católica romana. Com o lema Igreja Livre no Estado Livre, a igreja fundada pelo clérigo procurou ser a alternativa nacional para os descontentes com a romanização da Igreja Católica Romana. Identificamos dois fatores que podem confluir para manter a força do catolicismo no cenário brasileiro e, talvez, com um grau mais alto de incerteza, manter a Igreja Católica senão numa posição hegemônica, certamente numa posição privilegiada. Por um lado, identificamos o próprio contexto cultural-religioso do país que, como vimos, mostra sua vocação para as trocas, bricolagens, trânsitos e negociações simbólicas, e por isso mantém vivas estruturas profundas do catolicismo enquanto “cultura popular”.


  • Para que esta utilização seja eficiente o catolicismo oficial não pode permitir que o catolicismo popular perca a sua dependência.
  • Em segundo, os mais empolgados com a experiência soviética, os comunistas do PCB, para os quais se achavam o exemplo inspirador, possível e concreto de implantação de uma sociedade sem classes.
  • A pedido da Secretaria de Estado, a Nunciatura enviou um ofício secreto a todas as dioceses, solicitando aos membros do clero que fizessem uma “enfática doutrinação, falada e escrita”, mostrando que o divórcio era contrário a lei natural, à família e à sociedade.
  • O segundo elemento limitador do projeto da Santa Sé no Brasil, era a inexistência de uma liderança eclesiástica com prestígio e carisma para congregar o episcopado de maneira suficientemente organizada, sob as orientações da Santa Sé.